Chefes tóxicos e saúde mental.
- Ismênio Bezerra
- 20 de abr. de 2023
- 6 min de leitura
Chefes tóxicos e sua influência na saúde mental dos colaboradores: saiba como prevenir e denunciar abusos no ambiente de trabalho.
Não ignore a relação entre Chefes tóxicos e saúde mental: como identificar e lidar com comportamentos abusivos no ambiente de trabalho?

As relações no ambiente de trabalho são extremamente importantes para o bem-estar dos funcionários e para a produtividade da empresa. Infelizmente, em muitos casos, essas relações podem ser promovidas por chefes tóxicos, que abusam do poder e assediam seus subordinados. É importante que empresas e líderes estejam cientes desse problema e tomem medidas para prevenir e lidar com casos de assédio no ambiente de trabalho.
Um exemplo recente desse problema pode ser visto no caso do ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, que se tornou réu em uma ação por assédio moral e sexual. De acordo com denúncia do Ministério Público Federal, Pedro Guimarães teria assediado e perseguido uma funcionária da Caixa enquanto ele ainda era presidente da instituição.
Segundo a matéria da CNN Brasil, a funcionária em questão relatou ter sido vítima de diversas formas de assédio, incluindo comentários sobre sua aparência física, insinuações sexuais e até ameaças de demissão. Além disso, ela também afirma ter sido perseguida pelo ex-presidente, que teria tentado prejudicá-la em sua carreira na Caixa.
Esse caso é um exemplo claro de como chefes tóxicos podem afetar a vida de seus subordinados e prejudicar a confiança da empresa. Além disso, também mostra como é importante que as vítimas de assédio tenham coragem para denunciar o abuso e que as empresas levem essas denúncias a sério e tomem medidas para prevenir e punir esse tipo de comportamento.
Para prevenir casos de assédio no ambiente de trabalho, as empresas devem investir em políticas claras de combate ao assédio e treinamento para seus funcionários e líderes. É importante que as vítimas se sintam seguras para denunciar o abuso e que as empresas estejam preparadas para lidar com essas denúncias de forma dolorosa e justa.
Além disso, é fundamental que líderes e gestores sejam conscientes do seu poder e responsabilidade na empresa e no ambiente de trabalho. Eles devem agir com ética e respeito em todas as situações e evitar comportamentos que possam ser interpretados como assédio ou abuso de poder.
Chefes tóxicos são uma realidade no mundo corporativo (público e privado) e podem ser extremamente prejudiciais para a saúde mental e física dos colaboradores. Esses líderes possuem comportamentos que, muitas vezes, não condizem com a ética, a moral e o respeito que devem ser aplicados em um ambiente de trabalho saudável e produtivo. Neste artigo, abordaremos os tipos mais comuns de chefes tóxicos e como lidar, são eles:

Preguiçoso: Esse tipo de chefe quer tudo pronto, mas não está disposto a trabalhar ou exercer esforço. Ele delega tarefas, mas não dá suporte ou orientação necessários. Além disso, espera que os colaboradores resolvam todos os problemas sem sua ajuda.
Viciado em trabalho: Esse chefe só pensa no trabalho e pode incomodar seus colaboradores em horários impróprios, férias e folgas. Ele pode esperar que os colaboradores trabalhem além do horário estabelecido sem remuneração adicional ou tempo de folga.
Alpinista: Esse tipo de chefe toma posse das boas ideias dos outros e não tem capacidade de liderança. Ele pode culpar os colaboradores pelos seus próprios erros e ineficiência.
Arrogante: Esse tipo de chefe é um mandão e é incapaz de reconhecer seus erros ou pedir desculpas. Ele se impõe pelo poder, em vez de liderar pelo exemplo.
Voador: Esse tipo de chefe está sempre ausente e aparece apenas em situações pontuais. Ele não lidera, mas faz questão de impor autoridade.
Inseguro: O chefe inseguro é aquele que não consegue lidar com a própria incompetência e, por isso, precisa se cercar de bajuladores para manter a própria autoestima. Ele não é capaz de manter um diálogo coerente e não aceita críticas ou sugestões de melhoria.
Tirano: O chefe tirano é aquele que se preocupa mais com o próprio poder do que com a equipe ou com a empresa. Ele é maquiavélico e toma decisões que alimentam o próprio ego, mesmo que isso signifique prejudicar os colaboradores ou a organização como um todo.
Terrorista: O chefe terrorista é aquele que impõe a cultura do medo e da insegurança no ambiente de trabalho. Ele faz com que os colaboradores se sintam constantemente vigiados e pressionados, o que pode comprometer a saúde física e mental de todos.
Incompetente: O chefe incompetente é aquele que não entende os processos produtivos e não procura se atualizar. Ele foi promovido sem o devido preparo ou contratado sem o devido planejamento, o que compromete o trabalho da equipe e a qualidade dos resultados.
Sabotador: O chefe sabotador é aquele que trabalha para que os colaboradores errem e se sintam incapazes. Ele fragiliza a autoestima profissional dos subordinados para manter o próprio poder e controle.
Manipulador: O chefe manipulador é aquele que se comporta como um amigo, mas usa as informações pessoais dos subordinados para conseguir mais benefícios para si próprio. Ele sabe o que as pessoas gostam e usa essa informação para conquistá-las.
Lidar com chefes tóxicos pode ser uma tarefa difícil e desgastante, especialmente quando apresentam características prejudiciais à equipe e ao ambiente de trabalho. Abaixo, apresentamos algumas dicas de como lidar com diferentes tipos de chefes tóxicos:

Viciado em trabalho: É importante conversar com ele sobre a importância do equilíbrio entre vida profissional e pessoal, ressaltando que o excesso de trabalho pode afetar a produtividade e a saúde mental da equipe.
Alpinista: Nesse caso, é importante estabelecer limites claros e conversar sobre as prioridades e objetivos da equipe, mostrando que o sucesso individual não pode ser alcançado às custas da equipe.
Arrogante: É importante tentar estabelecer um diálogo claro e objetivo, respeitando as opiniões de ambos os lados, e se necessário, buscar o apoio de superiores ou da equipe de recursos humanos.
Voador: Nesse caso, é importante tentar estabelecer uma agenda clara e definir prioridades, mostrando que o trabalho precisa de atenção e dedicação para ser bem-sucedido.
Inseguro: É importante oferecer feedbacks construtivos e manter uma comunicação aberta e transparente, para que ele possa sentir-se mais seguro em suas decisões.
Tirano e Terrorista: Nesses casos, é importante manter um registro das atitudes abusivas, buscar o apoio de superiores e, se necessário, considerar a possibilidade de deixar o emprego.
Incompetente: É importante tentar oferecer suporte e treinamento, mas se isso não for possível, é importante buscar apoio de superiores para tentar resolver a situação.
Sabotador e Manipulador: Nesses casos, é importante manter um registro das atitudes abusivas e buscar o apoio de superiores ou da equipe de recursos humanos, para tentar resolver a situação.
O caso do ex-presidente da Caixa Pedro Guimarães é um importante de que o assédio no ambiente de trabalho é um problema real e que precisa ser levado a sério pelas empresas e pela sociedade como um todo. É fundamental que as vítimas de abuso tenham coragem para denunciar e que as empresas estejam preparadas para lidar com essas denúncias de forma justa e efetiva.

A saúde mental no ambiente de trabalho é fundamental para o bem-estar dos colaboradores e para o sucesso da empresa. O estresse e a pressão podem afetar a saúde mental dos funcionários, levando a problemas como ansiedade, depressão e burnout. Por isso, é importante que as empresas criem um ambiente de trabalho saudável, que promova o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, e que ofereça suporte aos funcionários em relação à saúde mental. Além disso, é essencial que os próprios colaboradores se posicionem em relação a situações de assédio ou de pressão excessiva por parte dos superiores, buscando criar uma rede de apoio e relacionamentos saudáveis dentro e fora da empresa.
Para prevenir a toxicidade de chefes e colegas no ambiente de trabalho, é importante criar uma rede de apoio. Isso pode incluir colegas de trabalho em quem se confia e com quem se pode conversar sobre qualquer problema, além de amigos e familiares fora do ambiente profissional. Ter relacionamentos saudáveis também ajuda a criar um ambiente mais positivo e a reduzir a possibilidade de abusos. Caso ocorra algum tipo de abuso, seja econômico, psicológico ou de qualquer outra natureza, é importante denunciar imediatamente. Existem canais de denúncia dentro das empresas e também é possível recorrer às autoridades competentes. O importante é não deixar que situações abusivas se prolonguem, pois isso pode afetar negativamente a saúde mental e física dos funcionários.
Ismênio Bezerra
Proteger a saúde mental é fundamental para crescer na carreira profissional e alcançar o sucesso a longo prazo. Aprender a lidar com possíveis chefes tóxicos ou se livrar deles é uma estratégia importante para garantir o bem-estar e o desenvolvimento pessoal e profissional.
Os chefes tóxicos não se limitam ao ambiente profissional, afinal, também podemos encontrá-los entre líderes religiosos ou até mesmo em nossos relacionamentos afetivos.
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É urgente e necessário falar sobre assédio e todas as suas formas. Excelente abordagem.